Heróis da Fiel

O Corinthians, desde seu início, foi marcado por formar times fortes, com jogadores habilidosos e principalmente com raça e amor à camisa do clube. Foram esses Heróis da Fiel que tanto contribuíram, com amor, raça e determinação para transformar o Corinthians no que é hoje: o time da torcida mais apaixonada e um dos melhores do mundo. Eles ficarão para sempre no coração de cada corinthiano, a maior glória que um jogador pode alcançar.


Os dez maiores artilheiros:
1 - Claudio: 295 gols
2 - Baltazar: 267 gols
3 - Teleco: 243 gols
4 - Neco: 217 gols
5 - Marcelinho Carioca: 205 gols
6 - Servílio: 201 gols
7 - Luizinho: 172 gols
8 - Sócrates: 169 gols
9 - Rivelino: 165 gols
10 - Paulo: 160 gols


Alguns dos maiores ídolos:

 Neco
Neco foi o primeiro grande ídolo do Corinthians e o que mais tempo jogou no clube: 18 anos, de 1913 a 1930. Foi ainda o que mais títulos paulistas conquistou no Timão - oito (1914, 16, 22, 23, 24, 28, 29 e 30).
Ganhou também o bicampeonato brasileiro interseleções por São Paulo e o bicampeonato sul-americano de seleções em 1919 e 1922.
Por tudo isso, Manoel Nunes foi homenageado com uma estátua no Parque São Jorge, que hoje está acompanhada pela de Luizinho.
Para os que o viram jogar, porém, a lembrança mais forte é a de um líder que jamais admitia a derrota. Dizia que jogava por amor, não por dinheiro, e por causa do Timão perdeu muitos empregos.
Era um valente, que encarava os adversários e às vezes ameaçava tirar o cinto (que os jogadores usavam no calção na época) para intimidá-los.
"Tira o cinto, Neco!", gritava a torcida, que se divertia com seu ídolo.

Baltazar
O melhor cabeceador da história do Corinthians tinha como apelido o nome de um dos três reis magos.
Baltazar marcou de cabeça 150 de seus 267 gols em 13 anos de Corinthians.
Conhecido como Cabecinha de Ouro, Osvaldo Silva tinha um entendimento perfeito com Cláudio, adquirido a custa de muito treinamento. O ponta-direita cruzava e Baltazar, com um forte impulso, cabeceava com potência, sempre no canto.
Conquistou os títulos paulistas de 51,52 (quando foi o artilheiro, com 27 gols) e 54. Na Seleção, foi reserva na Copa de 50 e titular em 54, quando se tornou o responsável por 90% dos gols do Brasil no Mundial da Suiça.
Baltazar deixou o Timão em 59 e terminou a carreira no Juventus. Conhecia muito bem sua principal característica: "Nunca fui bom com os pés. Mas ninguém, nem Pelé foi melhor do que eu de cabeça".

Claudio
O recordista de gols do Corinthians em todos os tempos é um jogador de apenas 1,62m de altura, que se impunha como líder do time em campo e ganhou o apelido de Gerente.
Cláudio Christovam do Pinho, mesmo sendo ponta-direita, marcou 295 gols em sua carreira de 15 anos no Timão (de 1944 a 1958).
Corajoso, comandava a equipe e enfrentava os zagueiros adversários com dribles curtos e desconcertantes.
Seus cruzamentos milimétricos consagraram Baltazar e outros atacantes.
Além disso, era um grande cobrador de faltas.
Cláudio chegou a ser promovido a técnico em 56, mas foi demitido em seguida. Na Seleção Brasileira, tornou-se campeão sul-americano em 1949.

Gilmar
Na sua estréia, tomou 7 gols da Portuguesa. Para a maioria dos goleiros uma desgraça. Não para Gilmar dos Santos Neves, que começou a carreira no Jabaquara e foi para o Timão como contrapeso numa contratação.
A goleada de 7 a 3 não impediu que ele se tornasse um goleiro respeitado. Campeão paulista em 51, 52 e 54, Gilmar defendia o Corinthians quando ganhou a Copa da Suécia, em 58.

Luizinho
Luizinho foi uma pessoa que dedicou a vida ao Corinthians. Um dos maiores ídolos da história do clube, o Pequeno Polegar é um dos dois jogadores homenageados com um busto no Parque São Jorge (o outro é Neco, o primeiro ídolo da torcida).
Começou a jogar no Timão no infantil, em 1942, com 12 anos, e o deixou em 1967 - tem o recorde de jogos disputados pelo clube: 589. Depois disso, tornou-se funcionário do Corinthians, até aposentar-se.
Luisinho fez parte do Ataque dos 100 gols em 1951 e foi campeão paulista ainda em 52 e 54.
"Aquele era um timaço", afirma. "Se eu fosse contar tudo o que fiz... Eu era jogador de levar a torcida ao estádio. Nunca joguei para menos de 30 mil pessoas aos domingos", afirma o craque, conhecido por sua facilidade para driblar.
Para ele, a Fiel tem pelo menos 50% de mérito em todas as conquistas do Corinthians.

Teleco
Teleco foi o jogador com melhor média de gols do Corinthians em todos os tempos: 243 gols em 234 partidas, média de 1,03.
Foi ainda cinco vezes artilheiro do Campeonato Paulista (1935, 36, 37, 39 e 41) e tornou-se o corinthiano que mais vezes marcou num Paulistão: 32 vezes, no torneio de 39.
O paranaense Uriel Fernandes chegou ao clube em 34 e foi campeão paulista quatro vezes (no tricampeonato 37/38/39 e em 41).
Sua maior prova de amor ao Timão aconteceu na final do Paulistão de 37, contra o Palestra: jogou mesmo contundido e, num grande esforço, marcou o gol da vitória e do título, de cabeça.
Teleco encerrou a carreira em 1944 e tornou-se funcionário do clube, como responsável pela sala de troféus.

Wladimir
Um lateral extremamente técnico, que desarmava os adversários sem falta, passava com perfeicão, tinha total domínio de bola e estava sempre tranquilo.
Assim era Wladimir Rodrigues dos Santos, que ganhou a posicão de titular no Timão com 17 anos e mostrou uma regularidade impressionante em toda a carreira. Chegou a ficar mais de três anos sem deixar de jogar uma partida sequer, para desespero dos reservas.
O Corinthians estava tão acostumado com Wladimir na lateral esquerda que, depois que ele deixou o clube, teve muita dificuldade para encontrar um substituto.
Teve várias participações na Seleção Brasileira. No Timão, porém, tornou-se líder e marcou alguns gols inesquecíveis, como o de bicicleta na vitória por 10 a 1 contra o Tiradentes, e o da goleada contra o Flamengo, por 4 a 1, na fase decisiva do Campeonato Brasileiro de 81.
Além do título de 77, participou das conquistas da Democracia Corinthiana.

Zé Maria
Zé Maria é considerado um dos melhores laterais direitos do Corinthians e do futebol brasileiro.
Conhecido por Super Zé, devido ao seu vigor físico e sua habilidade em atacar e defender com a mesma potência.
Após encerrar a carreira de jogador de futebol profissional, atuou em jogos de equipes masters do Corinthians e do Brasil.


Rivelino
Considerado um dos maiores meias do futebol brasileiro, Rivellino jogou no Corinthians durante dez anos difíceis.
Ídolo da torcida, o Reizinho do Parque nunca conquistou um título do Paulistão e deixou o Timão num momento agitado, depois da final do campeonato de 74, perdida para o arqui-inimigo Palmeiras.
Temperamental, ele era sempre considerado o responsável pelas vitórias e pelas derrotas do time.
Com um dos chutes mais potentes do Brasil, Roberto Rivellino era exímio cobrador de faltas e seus lançamentos milimétricos deixavam os atacantes na cara do gol.
Marcou 130 gols no Timão.Na Seleção Brasileira, teve participação gloriosa na Copa do Mundo do México, em 1970. Conquistou o tricampeonato e ganhou o apelido de Patada Atômica. Disputou ainda as Copas de 74 e 78.
Foi para o Fluminense em 76 e encerrou a carreira na Arábia Saudita.

Basílio
Quando começou o Campeonato Paulista de 1977, Basílio era reserva do Corinthians.
Terminou o campeonato como titular e ídolo da torcida, que esperou 22 anos para comemorar um título.
Depois de jogar 11 anos na Portuguesa, João Roberto Basílio foi contratado pelo Corinthians em 1975 e fraturou a perna direita numa partida contra o Remo, em Belém.
Com força de vontade, voltou a jogar e no dia 13 de outubro de 77, pouco antes de entrar em campo na final contra a Ponte Preta, o técnico Brandão lhe disse: "Você vai fazer o gol do título". Fez mesmo, e justamente com o pé que havia quebrado anos antes - por isso, passou a ser chamado de Pé de Anjo.
Foi campeão também em 79 e encerrou a carreira no Taubaté.
Voltou ao Parque São Jorge em 83, como treinador das equipes inferiores, e por várias vezes foi técnico interino e efetivo do time principal.

Biro-Biro
Antônio José da Silva Filho foi um grande símbolo de raça, determinação e amor à camisa do Corinthians.
Seu primeiro título no Corinthians foi o Campeonato Paulista, em 1979.
Em 1982, foi ponta-esquerda e em 1983, atuou como ponta-direita; participando da conquista do Bi-campeonato Paulista. Além de sua flexibilidade para atuar em diversas posições, Biro-Biro também marcava gols, como foi na final de 1982: marcou dois na vitória por 3 a 1 contra o São Paulo.
No título do Paulistão de 1988, ele era o capitão do time e ergueu a taça, uma de suas maiores emoções no Timão.
Biro-Biro foi o quinto jogador que mais vestiu o manto sagrado corinthiano, disputando 592 partidas durante mais de 10 anos.

Sócrates
Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, mais conhecido por Dr. Sócrates, foi o grande craque do time nos anos 80 e um dos melhores jogadores do futebol brasileiro.
Foi ele quem imortalizou a jogada de calcanhar que desnorteava as defesas adversárias.
Sócrates foi Campeão Paulista em 1979 e Bicampeão em 1982/83.
Participou brilhantemente da Copa do Mundo da Espanha em 82, num time que encantou o mundo com um futebol técnico, de habilidade e arte. Voltou a brilhar em 86 na Copa do México.


Casagrande
Casagrande, que iniciou sua carreira nas divisões de base do Corinthians, em pouco tempo conquistou seu espaço no time profissional.
Artilheiro nato, o "Casão" como era chamado, tem um lugar de destaque na galeria dos imortais do Parque São Jorge por ter participado, também, da Democracia Corinthiana.


 Ronaldo
Ronaldo, um dos goleiros mais importantes da história do Timão, iniciou sua carreira no infantil do Corinthians.
Com muita determinação e jogando sempre com garra, sua marca registrada, ele ficou 10 anos como titular do gol do Timão, de 1987 a 1997.



Neto
Neto pode ser considerado o herói mais rebelde da Fiel. Principal responsável pela conquista do Título Brasileiro de 90, José Ferreira Neto começou a carreira como titular do Guarani aos 16 anos e depois passou por Bangú, São Paulo e Palmeiras - e do arqui-rival se transferiu para o Timão, em 89.
Com 1,74m de altura e sempre enfrentando problemas de peso, marcou 90 gols pelo Corinthians em 4 anos e depois passou por Milionários de Bogotá, Atlético Mineiro, Santos e Matsubara.
O xodó da Fiel sempre foi genioso e chegou a afirmar: "Sou rebelde mesmo, não sei jogar de outro jeito". Uma vez, deu uma cusparada no árbitro José Aparecido de Oliveira e ficou suspenso quatro meses.
Hoje diz, que essa é a única atitude da qual se arrepende em toda a sua carreira, embora tenha criado vários atritos.

Além disso, lembra que em nenhum outro clube do mundo conseguiu tanta identificação com a torcida e tantos momentos felizes como no Corinthians, que ele considera sua segunda casa.

Tupãnzinho
Não foi a técnica e nem a habilidade apurada que levaram Tupãzinho a estar na galeria de Heróis do Corinthians, mas sim gols decisivos, como o da final do Brasileiro de 1990.
O "Talismã da Fiel" não saiu do Timão com as glórias que lhe eram cabíveis, mas sua garra deixou saudades na torcida.



Dida
"São Dida", assim era chamado o goleiro Dida, titular absoluto da seleção brasileira, no período em que jogou no Corinthians.
Especialista em pegar pênaltis, ele fez história no Parque e foi importante no Tri-Brasileiro e no Mundial de Clubes.


Dinei
Claudinei Alexandre Pires, o Dinei, foi o único jogador presente nos 3 títulos do Campeonato Brasileiro.
Foi o principal responsável pela conquista em 1998. No primeiro jogo da decisão contra o Cruzeiro, o Corinthians perdia por 2x0 e graças a ele o jogo acabou 2x2.
Na terceira e decisiva partida Dinei deu o passe para os 2 gols corinthianos e foi reverenciado pelos jogadores que se curvaram diante dele na comemoração de um dos gols.
Aos gritos de "EL EL EL O DINEI É DA FIEL" o verdadeiro gavião foi homenageado e ETERNIZADO.
Jogador de muita raça e corinthiano desde pequeno, Dinei se livrou de problemas com drogas e se tornou ídolo da Fiel na época mais importante do clube: Bi-brasileiro e Campeonato Mundial.

Gamarra
O zagueiro paraguaio Gamarra não jogou muito tempo no Timão, mas o suficiente para cair nas graças da Fiel.
Com técnica, habilidade e principalmente muita raça, o jogador chegou a ser considerado o melhor zagueiro do mundo, na época em que jogou no Corinthians.

Marcelinho Carioca
Marcelinho Carioca era conhecido como "Pé de Anjo", apelido dado por suas cobranças de falta perfeitas.
Participou dos títulos de Campeão Paulista de 1995, 1997, 1999 e 2001, Campeão Brasileiro de 1998 e 1999, Copa do Brasil de 1995 e o mais importante, Campeão Mundial 2000.
Além de ser um grande jogador, o camisa 7 do Corinthians revela seu amor pelo time, e confessa não ter emoção maior do que fazer um gol no Palmeiras.