Dois dos principais alvos da ira da torcida do Corinthians após a vexatória eliminação na pré-Libertadores não enfrentarão o Palmeiras neste domingo, no Pacaembu. O pressionado Tite informou nesta sexta-feira que não utilizará os astros Ronaldo e Roberto Carlos, bastante insultados desde quarta-feira, e o atacante Dentinho no clássico.
Segundo Tite, Ronaldo foi afastado por conta de uma lesão muscular na coxa direita - o atacante não havia se queixado de nenhum problema clínico até então. "Ele está fora do jogo contra o Palmeiras. O Ronaldo tem um problema no músculo adutor e não poderei contar com ele", disse o treinador.
Já Roberto Carlos e Dentinho estão fora de forma, de acordo com a comissão técnica. "Existe uma preocupação física com alguns atletas, como o Roberto e o Dentinho. Eles vão passar por um processo de recondicionamento físico", avisou Tite.
Roberto Carlos já não havia participado da derrota para o Tolima, na última quarta-feira, porque reclamava de dores na coxa direita. O lateral esquerdo treinou normalmente nesta tarde, enquanto era chamado de "pipoqueiro" por torcedores que estavam do lado de fora do CT Joaquim Grava. Tite e Ronaldo também foram insultados.
O treinador ainda não sabe quando contará novamente com Ronaldo, Roberto Carlos e Dentinho, que teve uma queda acentuada de rendimento nesta temporada. "O Ronaldo está com um problema médico, e não posso precisar exatamente o tempo de recuperação. Quando o Eduardo [Silva, preparador físico] liberar, o Roberto e o Dentinho estarão comigo novamente. Só apressamos os casos deles dois por causa da Libertadores", justificou Tite.
A escalação do Corinthians para o clássico contra o Palmeiras não foi divulgada por Tite, que pretende aproveitar o treinamento da manhã de sábado para definir a sua equipe. O meia Bruno César, barrado diante do Tolima por motivos técnicos, tem chances de jogar.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Após cogitar aposentadoria, Ronaldo critica "guerra" de torcedores
Criticado também por atualizar com frequência o seu Twitter patrocinado, o atacante Ronaldo utilizou justamente a ferramenta da internet para se manifestar sobre os ataques promovidos por torcedores do Corinthians após a eliminação na pré-Libertadores. O veterano chegou a cogitar se aposentar mais cedo por causa da violência.
"Pensei muito nesses últimos dias sobre antecipar a minha aposentadoria, mas não vou dar esse gostinho a esses vândalos e críticos. Daremos a volta por cima mais uma vez e esses mesmos vândalos e marginais vão nos aplaudir muito brevemente", publicou Ronaldo, que pretende encerrar a carreira no final da temporada.
O astro é o principal alvo das manifestações das torcidas organizadas corintianas. Foi assim no desembarque da delegação em Campinas, após a derrota para o Tolima, na reapresentação do elenco na sexta-feira e no ataque ao ônibus do clube neste sábado, no CT Joaquim Grava. Os torcedores não aceitam que Ronaldo continue fora de forma e com um nível baixo de desempenho em 2011.
"Estamos todos muito tristes com essa derrota e continuaremos a lutar para sair dessa fase ruim. Entendo a frustração da torcida, mas condeno todo o tipo de manifestação violenta! Quero também esclarecer que esses vândalos não representam a nação corintiana. Essa minoria violenta é financiada por terroristas ligados ao clube, e alguns querem simplesmente transformar uma derrota em uma guerra", acusou o atleta.
No Twitter, Ronaldo se estendeu sobre os danos que os torcedores causaram aos automóveis estacionados no CT do Corinthians, na madrugada seguinte ao fracasso na pré-Libertadores. "Foi uma total falta de respeito o que fizeram nos carros dentro do CT. Eles não devem saber, mas, além de quebrarem os carros dos jogadores, eles quebraram o carros de gente humilde, que vai trabalhar com muita paixão e ganha pouco, no caso dos roupeiros, massagistas...", respondeu.
"Sem contar que se acham no direito de agredir, ofender, quebrar ônibus, etc. Isso é futebol gente! É um esporte! Isso tem que ser saudável! Espero que as coisas voltem ao normal novamente. Futebol não é guerra", discursou Ronaldo.
O atacante ainda se mostrou ofendido com os insultos à sua índole. Para se defender, lembrou que ajudou o Corinthians a aumentar receita e declarou não precisar mais se expor a conflitos como os noticiados nesta semana. "Só mais uma coisa aos desavisados que me chamam de mercenário: não recebo um centavo do clube! Todo o dinheiro que recebo eu trouxe com o atual patrocinador master, que é a Hypermarcas. E o clube ainda recebe muitos milhões desse patrocínio. Jogo por amor e somente por amor! Porque realmente eu não precisava estar passando por tudo isso", concluiu.
Ronaldo não entrará em campo no clássico contra o Palmeiras, neste domingo, no Pacaembu, alegando ter sofrido uma lesão muscular na coxa direita.
"Pensei muito nesses últimos dias sobre antecipar a minha aposentadoria, mas não vou dar esse gostinho a esses vândalos e críticos. Daremos a volta por cima mais uma vez e esses mesmos vândalos e marginais vão nos aplaudir muito brevemente", publicou Ronaldo, que pretende encerrar a carreira no final da temporada.
O astro é o principal alvo das manifestações das torcidas organizadas corintianas. Foi assim no desembarque da delegação em Campinas, após a derrota para o Tolima, na reapresentação do elenco na sexta-feira e no ataque ao ônibus do clube neste sábado, no CT Joaquim Grava. Os torcedores não aceitam que Ronaldo continue fora de forma e com um nível baixo de desempenho em 2011.
"Estamos todos muito tristes com essa derrota e continuaremos a lutar para sair dessa fase ruim. Entendo a frustração da torcida, mas condeno todo o tipo de manifestação violenta! Quero também esclarecer que esses vândalos não representam a nação corintiana. Essa minoria violenta é financiada por terroristas ligados ao clube, e alguns querem simplesmente transformar uma derrota em uma guerra", acusou o atleta.
No Twitter, Ronaldo se estendeu sobre os danos que os torcedores causaram aos automóveis estacionados no CT do Corinthians, na madrugada seguinte ao fracasso na pré-Libertadores. "Foi uma total falta de respeito o que fizeram nos carros dentro do CT. Eles não devem saber, mas, além de quebrarem os carros dos jogadores, eles quebraram o carros de gente humilde, que vai trabalhar com muita paixão e ganha pouco, no caso dos roupeiros, massagistas...", respondeu.
"Sem contar que se acham no direito de agredir, ofender, quebrar ônibus, etc. Isso é futebol gente! É um esporte! Isso tem que ser saudável! Espero que as coisas voltem ao normal novamente. Futebol não é guerra", discursou Ronaldo.
O atacante ainda se mostrou ofendido com os insultos à sua índole. Para se defender, lembrou que ajudou o Corinthians a aumentar receita e declarou não precisar mais se expor a conflitos como os noticiados nesta semana. "Só mais uma coisa aos desavisados que me chamam de mercenário: não recebo um centavo do clube! Todo o dinheiro que recebo eu trouxe com o atual patrocinador master, que é a Hypermarcas. E o clube ainda recebe muitos milhões desse patrocínio. Jogo por amor e somente por amor! Porque realmente eu não precisava estar passando por tudo isso", concluiu.
Ronaldo não entrará em campo no clássico contra o Palmeiras, neste domingo, no Pacaembu, alegando ter sofrido uma lesão muscular na coxa direita.
Torcida recebe Corinthians no CT com milho, pedras e bombas
A tensão no Corinthians aumenta cada vez mais. Depois da eliminação na pré-Libertadores e de dois dias de protestos, a situação piorou neste sábado. No treinamento da manhã, véspera de clássico contra o Palmeiras, os jogadores foram recebidos pelos torcedores com um ataque com milho de pipoca (fazendo alusão ao time "pipoqueiro"), pedras e bambus. Bombas caseiras explodiram no local, pouco depois.
Cerca de 300 torcedores se mobilizaram e percorreram a Rodovia Ayrton Senna em ônibus alugados, motocicletas e automóveis - havia menos de 20 protestantes na sexta-feira. O policiamento, ao contrário, diminuiu. Quando o ônibus que trazia os jogadores chegou perto do portão principal do centro de treinamento, os manifestantes arremessaram pedras, bateram com bambus e jogaram milho contra a lataria e as janelas do veículo. A Polícia Militar (PM) tentou amenizar a situação e iniciou confronto, tentando afastar os torcedores com bombas de efeito moral e tiros de borracha. A resposta veio com mais pedras, explosões de bombas caseiras e muito corre-corre.
Além de promover o tumulto na entrada do CT, os torcedores entoaram diversos gritos de protesto e estenderam faixas para reclamar do time. Novamente, o principal alvo de críticas foi o atacante Ronaldo, que ainda não marcou na temporada e está fora do duelo contra o Palmeiras, neste domingo, supostamente por ter sofrido uma lesão muscular na coxa direita.
Em uma das faixas penduradas pela torcida na frente do CT, lia-se: "Ronaldo aposentado, o Timão não é INSS", "Roberto Carlos cagão" e "Tite burro, fora!". A diretoria também não foi perdoada, já que as organizadas se rebelaram contra a atenção excessiva dada ao departamento de marketing, em oposição ao futebol. Destacavam-se os cartazes: "R$ 500 para ver esse lixo de futebol?", "Ingresso R$ 50. Futebol R$ 1,99".
No momento em que o time entrava no CT, a torcida ainda mandou um recado ao presidente Andrés Sanchez. "Alô Andrés, preste atenção, o Ronaldo não é homem pra jogar no Coringão!", gritaram os manifestantes, antes de a saída do mandatário e de "sua corja" ser exigida. Sanchez é membro das organizadas do clube e, até então, mantinha bom relacionamento com as facções.
Além de Ronaldo, Roberto Carlos, Tite e o presidente, grande parte do time foi criticada, com faixas com os dizeres: "Elenco safado e baladeiro". Os únicos jogadores poupados pela torcida foram o goleiro Julio César, o lateral direito Alessandro e o atacante Jorge Henrique. "O resto é c...!", entoaram os corintianos.
Diante de tamanha confusão, o policiamento foi reforçado para que o Corinthians pudesse deixar o CT Joaquim Grava depois de treinar, refugiado na academia. O Batalhão de Choque da PM chegou ao local e permitiu que os atletas saíssem com destino à concentração sem enfrentar a mesma violência de antes.
Cerca de 300 torcedores se mobilizaram e percorreram a Rodovia Ayrton Senna em ônibus alugados, motocicletas e automóveis - havia menos de 20 protestantes na sexta-feira. O policiamento, ao contrário, diminuiu. Quando o ônibus que trazia os jogadores chegou perto do portão principal do centro de treinamento, os manifestantes arremessaram pedras, bateram com bambus e jogaram milho contra a lataria e as janelas do veículo. A Polícia Militar (PM) tentou amenizar a situação e iniciou confronto, tentando afastar os torcedores com bombas de efeito moral e tiros de borracha. A resposta veio com mais pedras, explosões de bombas caseiras e muito corre-corre.
Além de promover o tumulto na entrada do CT, os torcedores entoaram diversos gritos de protesto e estenderam faixas para reclamar do time. Novamente, o principal alvo de críticas foi o atacante Ronaldo, que ainda não marcou na temporada e está fora do duelo contra o Palmeiras, neste domingo, supostamente por ter sofrido uma lesão muscular na coxa direita.
Em uma das faixas penduradas pela torcida na frente do CT, lia-se: "Ronaldo aposentado, o Timão não é INSS", "Roberto Carlos cagão" e "Tite burro, fora!". A diretoria também não foi perdoada, já que as organizadas se rebelaram contra a atenção excessiva dada ao departamento de marketing, em oposição ao futebol. Destacavam-se os cartazes: "R$ 500 para ver esse lixo de futebol?", "Ingresso R$ 50. Futebol R$ 1,99".
No momento em que o time entrava no CT, a torcida ainda mandou um recado ao presidente Andrés Sanchez. "Alô Andrés, preste atenção, o Ronaldo não é homem pra jogar no Coringão!", gritaram os manifestantes, antes de a saída do mandatário e de "sua corja" ser exigida. Sanchez é membro das organizadas do clube e, até então, mantinha bom relacionamento com as facções.
Além de Ronaldo, Roberto Carlos, Tite e o presidente, grande parte do time foi criticada, com faixas com os dizeres: "Elenco safado e baladeiro". Os únicos jogadores poupados pela torcida foram o goleiro Julio César, o lateral direito Alessandro e o atacante Jorge Henrique. "O resto é c...!", entoaram os corintianos.
Diante de tamanha confusão, o policiamento foi reforçado para que o Corinthians pudesse deixar o CT Joaquim Grava depois de treinar, refugiado na academia. O Batalhão de Choque da PM chegou ao local e permitiu que os atletas saíssem com destino à concentração sem enfrentar a mesma violência de antes.
Rumo ao Timão, Liedson faz dois na despedida e dá empate ao Sporting
Uma trajetória que durou sete anos e rendeu seis títulos foi encerrada nesta sexta-feira. Na abertura da 18ª rodada do Campeonato Português, o atacante Liedson fez sua última partida com a camisa do Sporting antes de voltar ao Corinthians. Ovacionado por torcedores e companheiros, ele marcou dois gols - o segundo aos 45 do segundo tempo - e viu sua equipe empatar em casa com o Naval, por 3 a 3.
Com o resultado, a equipe lisboeta segue em terceiro lugar, agora com 32 pontos - 18 a menos que o líder Porto. Já o Naval, que poderia deixar provisoriamente a lanterna do torneio, subiu para dez pontos, mas continua ocupando o último posto.
Com o resultado, a equipe lisboeta segue em terceiro lugar, agora com 32 pontos - 18 a menos que o líder Porto. Já o Naval, que poderia deixar provisoriamente a lanterna do torneio, subiu para dez pontos, mas continua ocupando o último posto.
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